Treino em Bases Instáveis. Quando usar?
- Prof MS Claudio Novelli
- 22 de fev. de 2019
- 2 min de leitura
#chaleirapracima #kettlebellsport #girevoysport #wksfbra #força #cardiovascular #potência #baseinstável #forçadereação #16kg #32kg #24kg
O Kettlebell é uma ferramenta utilizada para várias coisas.
Para o Girevoy Sport, para o Hardstyle KB training e para uma série de outras aplicações, de reabilitação a Fitness.
Agora, cuidado, e muito cuidado, para não transformar seu treino em uma coletânea de futilidades.
Não sei do conteúdo da reportagem cuja capa da revista anexei (publicação de 2015), mas ouvi dizer que é boa para o Crossfit - marca que respeito.
Fazer gestos se equilibrando sobre materiais diversos parece ser uma constante reincidência no mundo Fitness.
Já se passaram as ondas do C-Shape, Bosu, Balance Disc, Swiss Ball... Agora, o Kettlebell?
Cada ferramenta dessas tem uma fundamentação e um propósito específico, um porquê, um objetivo claro do seu nascimento e uso.
Se o ser humano gosta de ficar se equilibrando em uma coisa e outra, saiba ele então que isso implica alterações do controle neuromotor.
O cerebelo é a parte do sistema nervoso central responsável pelo controle motor do corpo, incluindo equilíbrio e produção de força em termos eletroquímicos.
Não temos neurônios suficientes para dar-nos equilíbrio sobre uma base instável e ao mesmo tempo produzir força na mesma intensidade, quando comparada a uma situação de base estável (rígida, fixa, plana).
Bases instáveis podem gerar melhoria da força e potência em destreinados, mas ainda em uma curva de ganho menor do que aquela observada em bases estáveis.
Para treinados e atletas, as bases instáveis ou não geram benefício algum ou retrocedem os resultados (busquem Steven Fleck - artigo sobre potência em futebolistas e treino em bases instáveis).
De forma geral, somos capazes de produzir cerca de 50% da nossa força e potência sobre uma base instável. Para efeitos de treinamento da força, isso é aquecimento inicial.
Sejamos críticos.
Busquem referências a respeito, e tenhamos a clareza de separar ferramentas de treino de marcas, de metodologias, de marketing e de sensacionalismo para alardear e vender papel.
Já caí numa teia dessas sobre o Kettlebell. Puseram palavras na minha boca, além do meu aval não consentido em coisas com as quais não concordava e ainda não concordo.
Prudência e criticismo, amigos. É a minha recomendação.
Prof Claudio Novelli
CREF 35.946-G/SP
KGB - Kettlebell Girevoy Brasil
Base Funcional... tem toda a razão! Quase que o Funcional se perdeu - e feio - com a história de não saber como, quando, para quem, quanto e porquê utilizar ou não o treinamento em bases instáveis. Oss
Esse sim é um tema a ser ressaltado repetidamente, pois por uma má interpretação sobre as bases instáveis que o Treinamento Funcional quase saiu do trilho anos atrás! #oss
Muito bem colocado, Fabiane. E vamoquevamo :)
Senso crítico é tudo!
Sensacional. Tazendo a teoria à prática enquanto Personal Trainers, usemos o BOM SENSO, assim como muito bem observado pelo autor quando diz: "sejamos críticos"! Devemos levar em consideração: -quem, porque, quando e onde utilizar. Parabéns pelo texto claro, conciso e pontual.